sábado, 14 de junho de 2025

Corações em alerta

 🔥 Corações em Alerta 🔥


Capítulo 1 – A Bombeira dos Mil Amores


Natália Vieira era conhecida em toda a cidade não só por sua bravura no Corpo de Bombeiros, mas também pelos seus olhos intensos, sorriso cativante e, claro, seu histórico amoroso. Bonita, destemida e independente, colecionava namoradas como quem colecionava medalhas — com orgulho e um toque de saudade.


Ela nunca enganava ninguém. Sempre deixava claro: "Sou livre, não procuro amarras." E assim viveu seus 29 anos — entre resgates, chamas e corações partidos. Cada romance vinha com intensidade, beijos roubados em viaturas, noites quentes, mas, inevitavelmente, despedidas.


Capítulo 2 – A Nova Instrutora


Tudo ia como sempre... até chegar Lorena Duarte, tenente e nova instrutora do curso de salvamento aquático. Lorena era diferente. Tinha uma postura firme, cabelo preso em um coque impecável e olhos que pareciam ler a alma de Natália. Desde o primeiro treino, Natália a observava de longe, com aquele velho charme pronto para atacar.


— E aí, nova? Vai aguentar o ritmo aqui? — disse Natália, sorrindo.


Lorena apenas levantou uma sobrancelha.


— Acho que a pergunta é se você aguenta.


Desafiadora. Misteriosa. E imune ao charme de Natália.


Capítulo 3 – Incêndios Internos


O que começou com trocas afiadas de palavras virou competição. Corridas, testes físicos, treinamentos em dupla… a tensão entre elas era palpável. Não era como com as outras mulheres. Lorena não caía nos encantos fáceis, e isso fazia o coração de Natália disparar.


Uma noite, depois de um resgate intenso em um prédio pegando fogo, as duas ficaram presas no terraço até o helicóptero chegar. Cansadas, cobertas de fuligem, sentaram-se lado a lado.


— Por que você não se entrega pra ninguém, Natália?


— Porque ainda não encontrei alguém que fizesse meu mundo parar.


Lorena se virou lentamente, os rostos próximos. Havia algo no olhar dela... e foi ali que aconteceu o primeiro beijo. Lento. Profundo. Diferente.


Capítulo 4 – A Dúvida e a Escolha


Nos dias seguintes, Natália se afastou. Aquela não era só mais uma mulher. Lorena a mexia com partes que ela costumava manter trancadas. Teve medo. Tentou fugir. Tentou voltar à sua vida antiga. Mas nenhuma outra mulher a fazia sentir o que sentia com Lorena: nervosismo, desejo e paz — tudo ao mesmo tempo.


Lorena, por sua vez, não correu atrás. Sabia o valor que tinha. Mas no fundo, esperava.


Capítulo 5 – Quando a Chama Não Apaga


Foi em mais um incêndio que tudo se definiu. Durante o resgate de uma criança, Natália se feriu. Não foi grave, mas foi Lorena quem a socorreu. No hospital, deitada, Natália segurou a mão dela e disse:


— Eu tentei fugir de você. Mas agora eu sei. Nenhuma chama que eu apaguei foi tão difícil quanto apagar o que eu sinto por você.


Lorena sorriu, enfim se permitindo amolecer.


— Talvez você não precise apagar. Talvez seja a hora de deixar queimar.


Epílogo – Um Novo Começo


Natália não mudou completamente. Continuava intensa, livre, apaixonada pela adrenalina. Mas agora, tinha uma parceira ao lado — não só no quartel, mas na vida. E de todas as histórias de amor que viveu, nenhuma foi como a que

 construiu com Lorena: forte, desafiadora, e real.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Entre Desilusões e Desejos Proibidos”


🌹 “Entre Desilusões e Desejos Proibidos”

Capítulo 1 – O Fim Que Doeu

O relacionamento de Isadora e Camila já não era mais o mesmo. Brigas constantes, mensagens curtas, olhares distantes. Até que Isadora recebeu a confirmação que temia: Camila estava se envolvendo com outra.

O término não foi apenas doloroso, foi cruel. Camila não teve pena, jogou na cara tudo que sentia — ou que dizia não sentir mais. E Isadora ficou perdida. Era como se alguém tivesse arrancado o chão dos seus pés.

Mas, em meio à dor, uma pessoa se manteve presente… Verônica, a mãe de Camila.


Capítulo 2 – O Colo Que Veio De Quem Menos Esperava

No início, eram apenas ligações carinhosas:
“Você não merece isso, Isa… você é uma menina maravilhosa.”

Depois vieram as conversas mais longas, encontros para café, pequenas caminhadas no parque. Verônica tinha um jeito de olhar que fazia Isadora se sentir acolhida, protegida, amada — algo que há muito não sentia com Camila.

Sem perceber, os olhares ficaram mais demorados. As mãos começaram a se encostar mais que o necessário. Os risos vieram acompanhados de suspiros e corações acelerados.


Capítulo 3 – Algo Queimava No Ar

Numa noite chuvosa, Isadora estava na casa de Verônica. Tomavam vinho, riam de histórias da vida, até que o silêncio tomou conta do ambiente.

Verônica se aproximou. Seus olhos, antes cheios de carinho maternal, agora estavam carregados de desejo contido.

“Isa… não sei se isso é certo, mas...” — sussurrou.

Isadora, com o coração disparado, apenas respondeu num fio de voz: — “Também não sei… mas quero...”

O beijo aconteceu. Suave no começo, como quem testa os limites, mas rapidamente se tornou intenso, faminto, cheio de uma paixão reprimida.


Capítulo 4 – Segredos Entre Lençóis

Naquela noite, elas se permitiram. Foi um encontro de corpos, de almas, de tudo que ficou guardado durante semanas.

Não era só físico — era cuidado, era carinho, era algo que fazia ambas se sentirem vivas.

Quando amanheceram, Verônica preparou café, trouxe na cama, sorriu e disse: — “Não sei o que é isso, Isa… só sei que não quero que acabe.”

E Isadora, pela primeira vez em muito tempo, respondeu sorrindo: — “Nem eu...”


Capítulo 5 – O Mundo Não Pode Saber... Ainda

Elas começaram a viver esse amor às escondidas. Encontravam-se na casa de Verônica, viajavam para cidades próximas, viviam momentos que pareciam saídos de filmes.

Mas sempre havia aquela sombra... E se Camila descobrisse?

Verônica dizia: — “O mundo que se dane… eu quero você.”

Mas ambas sabiam que, mais cedo ou mais tarde, o segredo viria à tona.


Capítulo 6 – O Dia Que Tudo Veio À Tona

Numa tarde qualquer, Camila apareceu de surpresa na casa da mãe. Entrou sem bater, subiu as escadas e… parou.

Ali, na sala, estava Isadora… de pijama, segurando uma taça de vinho, com Verônica de mãos dadas com ela no sofá.

“QUE PORCARIA É ESSA?!” — gritou Camila, completamente fora de si.

O silêncio foi seguido pela resposta firme de Verônica:
“Exatamente o que você tá vendo, Camila. Eu e Isadora estamos juntas.”

“MINHA MÃE?! COM A MINHA EX?! VOCÊS SÃO DOENTES!”

Verônica, sem perder a elegância, respondeu: — “Você traiu, você jogou fora. Eu só acolhi quem você não soube valorizar.”

Camila quebrou um vaso, bateu a porta e saiu, gritando, xingando, jurando que nunca mais falaria com nenhuma das duas.


Capítulo 7 – O Peso Das Escolhas

Nos dias seguintes, a cidade inteira parecia comentar. As amigas de Camila, a vizinhança, até parentes ficaram sabendo.

Mas enquanto o mundo julgava, Isadora e Verônica só tinham olhos uma para a outra.

Sim, era difícil. Havia culpa, inseguranças, medos. Mas havia também amor, muito amor.

Verônica segurava a mão de Isadora e dizia: — “Se for pra lutar contra o mundo pra ficar com você… então eu luto.”


Capítulo 8 – A Vida Dá Voltas

Enquanto isso, Camila, tomada pela raiva, tentou se vingar. Espalhou boatos, tentou sujar o nome de Isadora, quis fazer a mãe desistir… mas o tiro saiu pela culatra.

Os próprios amigos começaram a se afastar de Camila. As pessoas perceberam que ela era quem tinha destruído o relacionamento com suas traições.

No fim, quem ficou sozinha… foi ela.


Capítulo 9 – O Amor Que Ninguém Quebra

Com o tempo, os julgamentos foram diminuindo. As pessoas perceberam que Verônica e Isadora não viviam um escândalo — viviam amor.

Viajaram para a praia, fizeram uma tatuagem juntas, construíram uma história cheia de cumplicidade, carinho, afeto e muito desejo.

Isadora nunca mais se sentiu perdida. Verônica nunca mais se sentiu sozinha.


Capítulo 10 – Um Amor Que Vence Tudo

No aniversário de um ano de namoro, Verônica preparou uma surpresa.

No jardim da casa, cheio de velas e flores, segurou uma caixinha e disse:

“Isa… quando tudo começou, parecia loucura. Mas hoje eu entendo que foi o destino. Eu te amo como nunca imaginei amar alguém. Quer ser oficialmente minha?”

Com lágrimas nos olhos, Isadora respondeu, sem hesitar: — “Sim. Mil vezes sim.”

E assim, um amor que nasceu da dor, da perda e da decepção, se transformou no maior presente que a vida poderia oferecer às duas.

Porque, no fim, o amor não escolhe idade, nem passado, nem julgamentos. O amor… simplesmente acontece.

🔥✨ FIM ✨🔥





Doce mel





Doce como o Mel – Capítulo 1: A Chegada 🍯


O som das abelhas preenchia o silêncio do campo. Laura ajeitava as caixas de colmeias, os cabelos castanhos presos em um coque simples, o rosto marcado pelos anos, mas ainda carregando uma beleza forte e imponente.


O sítio era tudo que tinha. Desde que o marido partiu, ela encontrou na criação de abelhas uma razão para seguir. Forte, determinada e solitária, aprendeu a viver para si.


— Mãe, essa é Ângela — anunciou Rafael, seu filho, descendo do carro. — Ela vai ajudar por um tempo, enquanto organiza o casamento.


Laura virou-se... e sentiu seu peito apertar.


À sua frente estava uma jovem de pouco mais de vinte e poucos anos. Cabelos dourados, sorriso aberto, olhos verdes vibrantes. Trazia consigo uma energia leve, contagiante.


— Prazer, dona Laura. — Ângela estendeu a mão, mas Laura, sem pensar, a puxou para um abraço.


— Me chame só de Laura. Aqui somos todos iguais. — disse, tentando disfarçar o impacto que aquela presença lhe causou.


O olhar de Ângela era doce, curioso. Laura percebeu que, ao fitar seus olhos, algo dentro dela se remexia de um jeito estranho... e perigoso.


— Vai ser bom ter sua ajuda. O trabalho com as abelhas é simples, mas exige cuidado.


Ângela sorriu largo. — Eu sou curiosa e adoro aprender. E acho que vai ser divertido.


Laura tentou sorrir de volta... mas havia algo queimando em seu peito.



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Capítulo 2: Entre Abelhas e Desejos


Os dias foram passando. Ângela aprendia rápido. Pegava as caixas de mel, ajudava na centrifugadora, preparava os potes... e, principalmente, fazia companhia a Laura, que há muito não sabia o que era ter alguém tão presente, tão próxima.


As conversas eram cheias de risadas. E as trocas de olhares… cada vez mais demoradas.


Um dia, enquanto mexiam nas colmeias, Ângela tropeçou e caiu contra Laura, que segurou sua cintura com firmeza. Por um segundo, ficaram ali... próximas demais.


O rosto de Laura estava a centímetros do de Ângela. O cheiro doce do mel se misturava ao perfume suave da jovem.


— Desculpa... — sussurrou Ângela, mas não se afastou. Seus olhos percorriam o rosto da outra, descendo dos olhos para os lábios.


Laura quis recuar. Quis. Mas seu corpo não respondeu.


Ao invés disso, sua mão deslizou para o queixo de Ângela, segurando-a com uma delicadeza que contrastava com a intensidade do olhar.


— Você... você me deixa confusa — sussurrou Laura.


Ângela mordeu o lábio, respirando fundo. — E você me deixa... viva.


O silêncio foi rompido por um beijo. Primeiro hesitante, depois urgente, faminto, cheio de desejo contido.


As mãos de Laura seguravam a cintura de Ângela com força, enquanto a jovem apertava os ombros dela, puxando-a para si. Era como se ambas estivessem segurando aquele desejo há dias, semanas... e agora não havia mais volta.


Ali, no meio das colmeias, entre o cheiro do mel e o calor do sol, os corpos se colaram, buscando um no outro o alívio para o fogo que queimava por dentro.


Capítulo 3: Proibido, mas Irresistível 🔥


O beijo virou carícias. As mãos percorriam os corpos, descobrindo curvas, arrepiando peles.


Laura, com seus dedos firmes, segurou o rosto de Ângela, deslizando os lábios por seu pescoço, mordiscando levemente a pele sensível, enquanto a jovem soltava suspiros baixos, desesperados.


— Aqui? — sussurrou Ângela, com a respiração falha.


— Eu não consigo esperar... — respondeu Laura, segurando-a pela cintura e a levando até a bancada de madeira do depósito.


As mãos trêmulas desabotoaram a camisa de Ângela, revelando sua pele clara, que contrastava com o tom dourado do pôr do sol que invadia o espaço.


— Você é tão linda... — disse Laura, deslizando os dedos pela barriga dela, subindo, até alcançar seus seios, que ela acariciou com uma mistura de cuidado e desejo.


Ângela puxou Laura para si, levando-a para um beijo ainda mais profundo, enquanto suas mãos exploravam, sem medo, cada parte do corpo maduro da mulher que, até então, deveria ser sua futura sogra.


O desejo tomou conta. Ali, sobre a bancada, Laura fez Ângela se esquecer de qualquer outra coisa no mundo. Seus lábios desceram lentamente, explorando cada pedaço de pele, deixando rastros de beijos, mordidas suaves, lambidas quentes... até que Ângela arqueou o corpo, gemendo seu nome, segurando seus cabelos.


Quando seus corpos explodiram juntos, ambas se olharam, ofegantes, sorrindo e assustadas ao mesmo tempo.


— Isso... isso não era pra acontecer — disse Laura, passando os dedos pelo rosto de Ângela.


— Mas aconteceu. E eu... eu não me arrependo — respondeu ela, puxando-a para mais um beijo, doce como o mel, intenso como o desejo.

Doce como o Mel – Capítulo 4: Segredos e Escolhas 🍯

O cheiro do mel ainda pairava no ar, misturado ao cheiro de desejo e de pele aquecida. Ângela estava deitada no peito de Laura, os dedos desenhando linhas invisíveis na pele dela, enquanto ambas tentavam entender o que, de fato, tinha acabado de acontecer.

— Isso não pode se repetir… — disse Laura, com a voz embargada, como se tentasse convencer mais a si mesma do que à outra.

— Você realmente quer que não se repita? — provocou Ângela, erguendo o rosto e encarando-a com aquele sorriso que era capaz de desmontar qualquer resistência.

Laura respirou fundo. — Eu... não sei. Eu só sei que isso é errado. Você é… a noiva do meu filho.

O silêncio que se seguiu foi pesado. Mas, ao mesmo tempo, cheio de significado.

— Eu preciso ser honesta com você, Laura... — Ângela se sentou, segurando as mãos dela. — Eu gosto do Rafael. Ele é bom, gentil… mas eu nunca senti por ele metade do que senti quando te vi. E agora… agora eu tenho certeza de que o que sinto não é apenas atração.

Laura apertou as mãos dela, olhando fundo nos seus olhos. — Isso é tão louco, tão… surreal. Você é tão jovem. Poderia ser minha...

— Não termine essa frase — interrompeu Ângela, pousando um dedo nos lábios de Laura. — Porque não importa. Eu sei o que meu corpo sente, sei o que meu coração quer. E é você.

O beijo veio novamente, intenso, necessitado, cheio de urgência. As mãos se reencontraram, os corpos se buscaram, e novamente, ali mesmo, sobre aquela bancada, elas se entregaram uma à outra como se o mundo lá fora não existisse.

Quando o desejo se acalmou, veio a realidade.

— Precisamos conversar... — sussurrou Laura, puxando Ângela para seu colo, beijando seus cabelos. — Isso não pode ser um segredo pra sempre.

— Eu sei. Mas... também não quero te perder.

— Nem eu. — Laura respirou fundo, segurando o rosto dela entre as mãos. — Mas precisamos pensar. Com calma.

Capítulo 5 – Confrontos e Verdades 🍯💔

Os últimos dias no sítio foram intensos. Depois daquela noite em que se entregaram uma à outra, Laura e Ângela se tornaram cúmplices de um amor proibido, mas tão verdadeiro que queimava na pele. A troca de olhares, os toques disfarçados, os sorrisos cúmplices... tudo era carregado de tensão e desejo.

Mas, junto com o amor, veio também o peso da culpa. E ambas sabiam que aquilo não poderia ficar escondido por muito tempo.

Naquela manhã, o clima estava diferente. O céu amanheceu nublado, como se até a natureza sentisse que algo estava prestes a acontecer. Laura estava na cozinha preparando café, enquanto Ângela a ajudava, inquieta, mexendo o açúcar no pote sem nem perceber o que fazia.

— A gente precisa contar. — disse Ângela, quebrando o silêncio, olhando nos olhos de Laura. — Não dá mais pra esconder. Não é justo.

Laura suspirou, apertando o pano que segurava. — Eu sei... Mas tenho medo. Medo de magoá-lo, de perder meu filho...

— Eu também tenho medo — confessou Ângela, se aproximando e segurando as mãos dela. — Mas não dá mais pra viver nessa mentira. Eu não consigo mais olhar pra ele e fingir que nada aconteceu... que eu não te amo.

O som de um carro se aproximando fez as duas se entreolharem, congeladas. O coração disparou no peito das duas.

— É ele... — sussurrou Laura, sentindo as mãos suarem.

O carro estacionou na frente do sítio. Rafael desceu sorrindo, segurando uma caixa. — Trouxe suas coisas, amor! — gritou ele, vindo em direção à varanda. — E também vim te fazer uma surpresa...

Mas, assim que entrou na cozinha e viu as duas lado a lado, com rostos tensos e mãos entrelaçadas sem perceber, seu sorriso sumiu na mesma hora.

— Tá tudo bem aqui? — perguntou, desconfiado, olhando de uma pra outra.

Laura soltou as mãos de Ângela rapidamente, tentando disfarçar, mas o gesto já tinha sido visto. O clima ficou pesado, sufocante.

— Rafael... — começou Ângela, a voz embargando. — A gente... precisa conversar.

Ele franziu a testa. — Conversar? Sobre o quê? Tá me assustando...

Ângela respirou fundo, cruzou os braços e então falou: — Eu não posso mais continuar com você.

O silêncio que se seguiu parecia rasgar o ar.

— O quê? — Rafael piscou várias vezes, sem entender. — Como assim, Ângela? Do que você tá falando?

— Eu... — ela lutou contra as lágrimas. — Eu tentei. Juro que tentei gostar de você desse jeito. Mas eu percebi que... que não é amor. E eu não posso te enganar mais.

Rafael deu um passo pra trás, o rosto ficou pálido. — Você... tá terminando comigo? Por quê? Tem outra pessoa, é isso?

O silêncio confirmou mais do que qualquer palavra.

— Me responde, Ângela! — gritou ele, com a voz falha, os olhos arregalados. — É isso? Tem outra pessoa?

Ângela engoliu em seco, olhou pra Laura, que já estava com os olhos marejados, e respondeu, com toda a coragem que conseguiu reunir:

— Sim. Eu me apaixonei por outra pessoa.

Rafael ficou alguns segundos parado, sem conseguir processar aquilo. — Quem? — perguntou, quase sussurrando, como se já soubesse, mas não quisesse ouvir a resposta. — Quem é?

Ela olhou pra Laura. As duas se encararam, apertaram as mãos uma da outra, e Ângela então soltou:

— Sua mãe.

O silêncio explodiu como um trovão. Rafael arregalou os olhos, ficou pálido, depois vermelho, depois pálido de novo.

— N-não... não, isso... isso é mentira. — ele balançava a cabeça, andando de um lado pro outro. — Isso é uma piada, só pode ser! Uma pegadinha, um trote, sei lá!

Laura se levantou, tentando se aproximar dele, mas Rafael recuou imediatamente, levantando a mão. — Não! Não encosta em mim!

— Filho, por favor... — a voz de Laura saiu trêmula, carregada de dor. — Eu nunca planejei isso. Nunca. Mas... aconteceu. E eu não posso... eu não consigo mentir pra você.

— Como assim aconteceu?! — gritou ele, as lágrimas enchendo os olhos. — Você é minha mãe! Minha mãe, caramba! Como pôde... como pôde se envolver com... com... com a minha noiva?!

Ângela respirou fundo, segurando o choro. — Eu não queria que fosse assim, Rafael. Eu juro. Eu tentei... tentei fazer dar certo com você, tentei ignorar o que sentia... mas eu não consegui.

Ele ficou alguns segundos imóvel, olhando fixamente para as duas, como se tentasse entender se aquilo era real. Depois, sem conseguir se segurar, explodiu:

— Vocês me traíram! As duas! Me apunhalaram pelas costas! Isso é nojento, é doentio!

As palavras doeram como facas. Laura colocou a mão no peito, sentindo a dor física daquelas acusações, e Ângela começou a chorar.

— Rafael, me escuta... — tentou Laura, caminhando até ele.

— NÃO! — gritou ele, dando um passo pra trás. — Não me toca! Não me olha! Não quero ver nenhuma das duas!

Ele virou as costas, andando rápido, entrou no carro, bateu a porta com força e saiu cantando pneu, deixando um rastro de poeira, dor e mágoa.

Quando o som do carro se perdeu no horizonte, Laura desabou. Sentou-se no chão da varanda, levando as mãos ao rosto, chorando descontroladamente. Ângela correu até ela, a abraçou forte, também chorando, e sussurrou:

— Eu te amo. Eu te amo, Laura. E... eu não me arrependo de amar você.

Mesmo em meio às lágrimas, Laura apertou Ângela contra o peito, sentindo que, apesar de tudo... aquele amor era real.

— A gente vai enfrentar isso... juntas. — respondeu, com a voz embargada. — Juntas... até o fim.



Capítulo 6 – As Consequências do Amor 💔🔥🍯


O silêncio no sítio era quase sufocante. Desde que Rafael foi embora, Laura e Ângela não conseguiam pensar em outra coisa além do que acabara de acontecer. As palavras dele ainda ecoavam na mente das duas, como facas cravadas no peito.


Naquela noite, ninguém dormiu. A tensão tomava conta dos pensamentos. Deitada no quarto de Laura, Ângela olhava o teto, segurando sua mão, enquanto lágrimas silenciosas escorriam pelo rosto.


— Você acha que ele vai te perdoar algum dia? — sussurrou, a voz fraca, cheia de culpa e medo.


Laura apertou a mão dela. — Eu não sei, meu amor... Mas, se tiver que escolher entre viver uma mentira ou viver esse amor... — respirou fundo, sentindo o peito apertar —... eu escolho você.


— Eu também. — respondeu Ângela, com os olhos marejados. — Só não sei se estou pronta pra enfrentar tudo que vem depois.


Na manhã seguinte, a primeira bomba explodiu.


O telefone tocou sem parar. Mensagens chegavam uma atrás da outra. Rafael, em meio à sua dor, contou tudo para alguns parentes e amigos. E, como em toda cidade do interior, a notícia se espalhou como fogo no mato seco.


“A noiva fugiu com a sogra.”

“A dona do sítio roubou a mulher do próprio filho.”

“Pecado! Vergonha! Abominação!”


Os comentários, os olhares, as mensagens, os julgamentos... tudo veio de uma vez.


Na venda, as pessoas cochichavam quando Laura passava. No mercado, Ângela sentia os olhares fuzilando sua nuca. Até alguns vizinhos que eram próximos fingiam não ver, atravessavam a rua, fechavam a cara, ou até soltavam comentários maldosos.


Mas, mesmo com o mundo desmoronando lá fora, dentro do sítio havia um refúgio. Uma bolha onde só existiam elas duas.


E, em meio ao caos, elas se redescobriram. Aprenderam a cuidar uma da outra, a rir das pequenas coisas, a encontrar paz no meio da tempestade.


Numa tarde, enquanto alimentavam as abelhas, Ângela parou, olhou Laura nos olhos e segurou seu rosto entre as mãos.


— Eu nunca achei que encontraria amor assim. Tão de verdade, tão intenso... tão... — ela sorriu, emocionada —... tão nosso.


Laura segurou as mãos dela, sorriu de volta e respondeu: — E eu nunca imaginei que ele viria de você.


Se beijaram ali, no meio das colmeias, com o cheiro de mel, o barulho das abelhas e o vento bagunçando os cabelos.


Mas a vida ainda teria mais provações.


Dois dias depois, Rafael voltou. Não avisou. Apenas chegou, desceu do carro e bateu na porta com força.


Laura abriu, o coração disparado. Ângela veio logo atrás.


— A gente precisa conversar. — disse ele, sério, sem gritar dessa vez.


— Claro... — respondeu Laura, tensa.


Ele entrou, olhou as duas e respirou fundo. — Eu passei esses dias pensando. Senti raiva, ódio, tristeza... me senti traído, humilhado, destruído. E... talvez eu continue sentindo isso por um tempo.


As duas ficaram em silêncio, esperando, sem saber o que vinha depois.


— Mas... quem sou eu pra julgar o amor de vocês? — continuou ele, olhando diretamente pra mãe. — Se eu aprendi alguma coisa na vida... é que amor não se escolhe. Ele simplesmente acontece.


Laura sentiu as lágrimas começarem a escorrer.


— Não vou mentir. Não é fácil aceitar. Não vai ser fácil olhar pra vocês sem lembrar de tudo. Mas... — ele respirou fundo —... eu não quero perder minha mãe. E... por mais que doa, também não desejo mal pra você, Ângela.


O silêncio foi quebrado pelo som do choro de Laura. Ela correu, abraçou o filho, apertando-o forte. — Obrigada... meu Deus, obrigada...


Ângela, emocionada, se aproximou. — Eu... eu sinto muito, Rafael. De verdade. Nunca quis te ferir.


Ele balançou a cabeça, respirou fundo e disse: — Só quero distância por um tempo. Preciso me curar. Mas... se vocês estão felizes... então sejam felizes.


E, sem dizer mais nada, ele saiu, deixando para trás um peso enorme, mas também uma porta entreaberta para a esperança.


Quando Laura fechou a porta, olhou para Ângela e sorriu em meio às lágrimas.


— Acho que... vencemos a primeira batalha.


Ângela sorriu, segurando o rosto dela com carinho. — E venceremos quantas forem necessárias.


Selaram aquele momento com um beijo cheio de amor, certeza e entrega. Porque, contra tudo e contra todos... aquele amor era real.



Fim – O Doce Sabor do Amor 🍯❤️


Os meses passaram e, aos poucos, a poeira foi baixando. A cidade, que antes só sabia julgar, começou a se acostumar com a ideia. Alguns continuaram de nariz torcido, outros fingiram que nunca tinham falado nada. Mas, para Laura e Ângela, isso já não importava mais.


No sítio, elas construíram uma nova vida. As abelhas continuaram produzindo mel, que agora parecia ainda mais doce, talvez porque refletisse o amor que elas derramavam em tudo o que faziam.


Cuidavam do lugar, das flores, dos animais... mas, principalmente, cuidavam uma da outra. E se descobriram companheiras, parceiras, amantes e melhores amigas.


Rafael, com o tempo, reapareceu. A mágoa deu espaço à aceitação. Não era um laço quebrado — era apenas um laço que precisou se transformar. Eles se perdoaram. E, embora a relação nunca mais fosse como antes, havia respeito, carinho e, acima de tudo, amor de mãe e filho.


Numa tarde, sentadas na varanda, olhando o pôr do sol dourando os campos e ouvindo o som das abelhas ao longe, Ângela segurou a mão de Laura, sorriu e disse:


— A gente viveu algo que ninguém entende... mas só a gente sabe o quanto é verdadeiro.


Laura sorriu, acariciando o rosto dela. — E eu viveria tudo de novo... cada desafio... cada lágrima... pra chegar até aqui... com você.


Se beijaram ali, em paz, com o vento levando seus sorrisos. Porque, no fim das contas, o amor não escolhe rosto, idade, nem título. O amor simplesmente acontece.


E, quando é verdadeiro... ele vence.


Fim. 🍯❤️✨



sábado, 31 de maio de 2025

O Rolê Mais Caro da Minha Vida




“O Rolê Mais Caro da Minha Vida”

Era um domingo bonito, daqueles que o sol bate de um jeito que até parece que Deus tá piscando pra gente. Fernanda, toda cheia de si, resolveu dar uma voltinha no Marco Zero, em Recife. Sabe aquele dia que tu sai só pra espairecer, bater perna e fingir que a vida tá perfeita? Pois bem, foi nesse clima que ela conheceu Cláudio.

O boy era simpático, conversador, meteu logo um papo bom. Deram uma volta, comeram um cachorro-quente raiz (aquele bem honesto, com purê, milho, batata palha e tudo que tem direito) e, claro, trocaram número. Porque nordestina que se preza não perde tempo, mas também não se entrega de bandeja.

Durante a semana, o bendito do Cláudio já veio todo faceiro:
"E aí, bora sair de novo? Tô doido pra te ver."
E Fernanda, que não é besta, pensou: “Ora, se é pra sair, vamo sair direito!”

Fez o que qualquer mulher sensata faria: banho de loja, unha feita, cabelo na escova, sobrancelha na régua, aquele perfume que custa meio salário mínimo e, claro, a lingerie nova — porque a esperança é a última que morre, né minha gente?

O ponto de encontro? O famigerado restaurante chique do Marco Zero. Ela já foi logo pensando: “Hoje tem!”

Chegou lá, Cláudio já tava se achando:
“Garçom, manda um chopp aqui... e uns petiscos daqueles, viu?”

Ela, toda plena, pediu só um drink pra dar aquela animada. Conversa vai, risada vem, e a cabeça dela já tava lá na frente… imaginando ele cheirando seu cangote, segurando no cabelo, ela de costa, ele de frente, de lado, de ponta cabeça… enfim, aquele amor selvagem que Deus permite e o motel abençoa.

Mas, minha filha… quando deu a hora da conta, veio a bomba.

O garçom trouxe a conta: R$ 300.
E Cláudio, com a cara mais lavada que banheiro de rodoviária, soltou:
“Oxente... olha... só trouxe 200... tá faltando 100. E ainda tem o Uber... e o motel, né? Como é que faz?”

Fernanda ficou olhando pra cara dele, deu aquele sorriso amarelo, pensando: “É pegadinha do João Kleber.”
Mas não era, não. Era golpe mesmo.

Respirou fundo, olhou bem no fundo dos olhos do embuste e disparou:
“Peste! Desgraça! Se tu não tinha dinheiro, pra que me trouxe no restaurante mais caro do Marco Zero? Era só ter me levado pra comer outro cachorro-quente e depois a gente ia pro motel resolver a vida! Eu sou mulher, não sou otária, não!”

Na força do ódio, tirou os 100 conto da bolsa, pagou o restaurante, segurou o orgulho, mas a vontade era jogar o prato na cabeça dele.

E não parou por aí não. O cabra começou a chorar. Isso mesmo, chorou!
“Me perdoa, Fernanda! Eu gosto tanto de tu! Não sabia que era tão caro... vamo lá pra casa, só a gente dois, fazer um lovezinho...”

Fernanda olhou pra ele, com a paciência de um crente e a raiva de uma mulher traída e respondeu:
“Ô meu filho, vá tomar vergonha na sua cara! Me respeite! Pegue seu beco!”

E o miserável ainda ameaçou se jogar da ponte.
“Se tu não for comigo, eu me mato!”

E ela, já com a moléstia no couro, chamou um Uber, botou ele dentro, deixou na porta da casa dele e mandou logo:
“Fique aí, que eu volto outro dia... pra nunca mais!”

Resumo da ópera: Fernanda pagou o restaurante, pagou o Uber pra levar o embuste pra casa, pagou o dela de volta, ficou sem transar e gastou até o que não tinha.

Moral da história: Mais vale um cachorro-quente sincero do que um jantar gourmet com macho liso.


terça-feira, 27 de maio de 2025

“Fui iludida no Tinder: Paguei Motel, Pastel e Gasolina!”



Gisele tava num domingo entediada, deitada na cama, rolando o Tinder como quem rola boletos: sem expectativa nenhuma, só aceitando o destino. Até que... pá! Match com um tal de Mariano.

O homem... ah, o homem! Lindo. Bonito de doer. Sorriso de artista, corpo de quem malha (ou pelo menos finge), uma moto na foto e aquela legenda clássica de quem é um perigo:
"Se for pra somar, bora. Se for pra tumultuar, passa direto."

Começaram a conversar, papo vai, papo vem, emoji de foguinho, de coração, piadinhas, elogios... até que Mariano largou logo uma revelação digna de novela das oito:
“Gisele, deixa eu te contar um negócio sério... depois que comecei a falar contigo, juro, minha biloca não sobe mais pra nenhuma mulher... só pra tu. Não sei se tu fez alguma macumba, algum feitiço... só sei que só funciona pra tu.”

Gisele, que já tava meio desconfiada, mas também se achando poderosa, respondeu na lata:
“Oxente, homem... que feitiço, rapaz? Isso é meu charme natural!”

Ele riu, ela riu, e dali pra frente, parecia que o universo tava alinhando tudo pra esse encontro acontecer.

Mariano, no auge da lábia e da cara de pau, mandou:
“Bora se ver, princesa? Te pego na tua casa, te levo pra dar um rolê na praia, sentir aquela brisa...”

Gisele, que não é boba nem nada, caprichou. Fez skincare, chapinha, botou aquele cropped que valoriza tudo, passou perfume até no joelho, e ficou pronta.

Quando ele chegou de moto, parecia cena de filme. Jaqueta de couro, óculos escuro, aquele sorriso de "vem comigo que tu não se arrepende". Ela subiu na moto e eles foram direto pra praia.

Sentados na areia, Mariano segurou a mão dela, olhou nos olhos e largou mais uma:
“Sério, nunca senti isso por ninguém... Eu acho que isso é amor, ou magia. Porque minha biloca... menina... só sobe pra tu! Tá acontecendo algo sobrenatural aqui.”

Gisele, segurando o riso, pensou: “Se essa biloca tá encantada, vamos testar se é verdade...”

Foi aí que ele, todo sedutor, completou:
“Bora pro motel? Quero provar que é só contigo que ela funciona.”

E é claro... ela topou.


Capítulo 2 — O Motel, o Pastel e a Gasolina


Gisele, toda empolgada, subiu na garupa do Mariano com aquele pensamento: “Hoje eu provo se essa biloca é realmente exclusiva ou se é só conversa de macho sem vergonha.”


Chegaram no motel. E, minha filha… pode falar o que for, mas a biloca tava de fato encantada. Funcionou direitinho, direitinho! Foi ali, no colchão de couro sintético, que eles confirmaram que o negócio era sério… ou pelo menos parecia.


Terminado o momento de amor, suor e emoção, Gisele, deitada de lado, vira pra Mariano e diz com a voz manhosa:

— “Amor… tô com sede. Tem uma aguinha aí, não?”


Eis que o boy, no auge da economia e da cara de pau, responde:

— “Água? Mulher, água aqui é cinco conto! Se quiser, vai ali na recepção e compra. Eu não vou gastar com isso, não. Só trouxe dinheiro pra pagar o quarto.”


Gisele piscou três vezes. Riu de nervoso, de indignação e de fome, porque o suco do amor abriu até o apetite.


Saíram do motel e, na esquina, tinha uma feirinha rolando. Ela olhou e disse:

— “Para ali, vou comprar um pastel e uma água pra ver se me acalmo.”


E é nesse momento que Mariano se supera na audácia e solta essa:

— “Aproveita, compra dois pra mim, um pra meu filho e outro pra minha mãe… que é pra eu levar pra casa.”


Gisele ficou em choque, olhando pra cara dele, pensando: “É sério que eu virei o iFood da família dele?” Mas respirou fundo, engoliu a dignidade, o orgulho e foi. Comprou os pastéis, a bendita água e voltou com a sacola.


Quando achou que pelo menos a carona pra casa seria tranquila, Mariano, com aquela cara lavada, falou:

— “Então… pra eu te deixar na tua casa, cê vai ter que colocar gasolina na moto, viu? Tá na reserva já...”


Gisele olhou pra ele, olhou pra moto, olhou pros pastéis na sacola e pensou: “Se essa biloca é exclusiva, eu sou a investidora oficial dela!”



Capítulo Final — A Vingança de Gisele: Biloca Nunca Mais Subiu


No caminho pra casa, com a cara mais fechada que porta de banco em feriado, Gisele ficou refletindo:

"Gastei gasolina, paguei pastel pra ele, pro filho e pra mãe dele… e ainda tive que aguentar aquele sexo ruim, que sinceramente, nem valeu a maquiagem que eu fiz!"


Porque sim, minha filha… a biloca encantada era só papo! O negócio mal subiu, e quando subiu... foi um sobe e desce mais decepcionante que salário caindo na conta e sumindo em cinco minutos.


Pra piorar, o homem não pagou nem uma água. UMA ÁGUA! Nem pra hidratar a guerreira que estava ali, tentando salvar aquele encontro desastroso.


Chegando em casa, Gisele olhou no espelho, segurou a própria cara e disse pra si mesma:

— “Nunca mais, Gisele… nunca mais tu cai numa dessas. Mas ele não vai sair ileso, não.”


No outro dia, ele mandou mensagem, todo faceiro, achando que ela tava apaixonada:

— “E aí, princesa… quando vamos repetir aquele nosso momento mágico?”


E ela, na lata:

— “Mágico? Mágico foi eu não ter morrido de sede e fome, né? Porque tu não pagou nem uma água, homem! E aquele teu negócio... olha… se isso é feitiço, é feitiço de impotência, viu?”


Ele ficou sem reação. Aí ela soltou a bomba final:

— “E outra… eu espero que aquele pastel tenha valido, porque foi a única coisa que prestou naquele rolê. E gasolina na tua moto? Só se for pra te levar pro terreiro, pra ver se tiram esse encosto de pão duro e brocha que tu carrega!”


BLOQUEOU. SUMIU. DELETOU. E jurou pra si mesma que daquele dia em diante só aceita rolê com comida paga, água liberada e biloca funcionando — porque, no mínimo, ela merece!


Gisele seguiu plena, diva, maravilhosa, e jurou: “Agora, se for pra me iludir, que seja num rodízio, bem alimentada e hidratada.”


FIM.






domingo, 25 de maio de 2025

O Baile, os Gemidos e o Odor – O Date Que Nunca Devia Ter Acontecido

 




Título: O Baile, os Gemidos e o Odor – O Date Que Nunca Devia Ter Acontecido

Larissa decidiu mudar de vida. Saiu da sua cidade e foi morar no Rio de Janeiro com o irmão e a cunhada. Tudo novo, tudo diferente. Pra animar a chegada, o casal levou Larissa pra um baile funk — afinal, se é pra viver, que seja com emoção.

No meio do pancadão, luzes piscando e a batida rolando solta, a cunhada apresentou Larissa a uma amiga: Vivi. Rolou aquele papo gostoso, risadas, olhares, mas a noite terminou só na conversa. Nem número trocaram.

Mas Vivi ficou impactada. Larissa virou pensamento fixo. Não deu nem 24 horas, Vivi foi atrás da cunhada:
— Pelo amor de Deus, me passa o telefone de Larissa!

E foi aí que começou. Primeiro mensagens carinhosas, depois beijos por texto, e, de repente… virou fogo puro! Era amor por telefone, gemidos digitais, fantasias narradas… um verdadeiro filme adulto via WhatsApp.

Até que Vivi, tomada pelo desejo, soltou:
— Vem aqui em casa.

Larissa, na expectativa do encontro perfeito, foi. Chegou às 15h da tarde. A campainha tocou, e quem abre? Vivi… toda descabelada, cara de quem brigou com o travesseiro, sem escovar os dentes, parecendo que saiu de um furacão.

Mesmo assim, cheia de atitude, Vivi nem esperou:
— Bora namorar.

Larissa, com aquele sorrisinho amarelo, respirou fundo e foi sensata:
— Amor… escova os dentes, toma um banho… aí a gente namora melhor, né?

Vivi foi… foi pro banheiro, demorou uns minutos, mas parecia que tava resolvendo a crise mundial lá dentro. Quando voltou, Larissa já tava deitada na cama, esperando, meio ansiosa, meio desconfiada.

Eis que Vivi, vestida, sobe em cima dela, começa a se esfregar feito quem limpa vidro, e de repente solta uns gemidos tão altos, tão desesperados, que Larissa pensou:
“Meu Deus, os vizinhos devem achar que eu tô matando um bode aqui dentro.”

Só que o pior não era isso. O problema estava no ar… um cheiro vindo da região íntima de Vivi que parecia ter saído diretamente das profundezas do esgoto de Madureira. E, somado a isso, o bafo matinal da gata que, spoiler, não tomou banho e nem viu uma escova de dentes.

Larissa ficou passada, chocada, travada, quase em transe. Olhou pros lados, respirou com a boca (porque pelo nariz, impossível) e soltou:
— Eu… vou ali no banheiro rapidinho, tá?

E do banheiro, Larissa fez a única coisa sensata: pegou sua bolsa, abriu a porta da sala e foi embora. Nunca mais! Sumiu, desapareceu, bloqueou, deletou e jogou sal grosso no WhatsApp.

Moral da história: amor por telefone é lindo… mas o cheiro é só presencial.



Cuscuz, Descarga e Beijos Ruins – O Pior Date da Vida de Taty

 






Título: Cuscuz, Descarga e Beijos Ruins – O Pior Date da Vida de Taty


Taty, uma mulher divertida, bem resolvida e dona de um coração livre, resolveu se aventurar no mundo do Tinder. Depois de alguns matches sem sal, apareceu ela… a misteriosa, charmosa e aparentemente interessante “Patrícia”. A conversa fluiu, risadas surgiram e, sem muita enrolação, o convite foi direto: “Vem aqui em casa, bora se conhecer melhor…”


Taty, que não é mulher de recusar um bom encontro, colocou sua melhor roupa, passou aquele perfume irresistível e partiu. Chegando lá, nem deu tempo de muita conversa. O clima esquentou, os olhares se cruzaram, e logo as duas estavam se agarrando, se perdendo entre carícias e desejos. Foi aquele amor suado, intenso e, bem… digamos que “foi”.


Terminada a maratona, Taty, sempre gentil, perguntou:

— Tá com fome?

— Não — respondeu Patrícia, toda plena.

— Vou fazer um cuscuz com ovo pra mim e pras minhas cachorras. Você quer?

— Não, não, obrigada.


Enquanto Taty ia pra cozinha preparar o quitute nordestino, Patrícia seguiu pro banheiro. E foi ali que começou o verdadeiro pesadelo. A mulher não só fez cocô, como deixou a cena completa: descarga não foi acionada, tampa levantada e, pra coroar, a porta do banheiro escancarada, permitindo que o cheiro invadisse todos os cômodos como um aviso do universo: “Fuja!”


Taty, incrédula, perguntou:

— Você… fez isso e não deu descarga?!

Com a maior cara lavada, Patrícia respondeu:

— Eita, desculpa… é que na minha casa é minha mainha que dá descarga pra mim…


Sim, você leu certo. A mainha que dá descarga.


Taty respirou fundo, segurou a educação e, no auge da paciência, foi limpar o banheiro. Afinal, dignidade acima de tudo. Voltou pra cozinha, pronta pra comer seu merecido cuscuz com ovo junto das cachorras. Mas, ao olhar pra mesa, levou o golpe final: Patrícia estava lá, se empanturrando do cuscuz todo e do ovo inteiro, sem deixar NEM UMA MIGALHA pra Taty — muito menos pras pobres das cachorras, que olhavam indignadas.


E como se tudo isso não bastasse, o beijo… ah, o beijo… Era simplesmente um desastre. Molhado, estranho, descoordenado. Se existisse prêmio de pior beijo do ano, era dela, sem discussão.


Taty, naquele momento, só pensava em uma coisa: “Por que, meu Deus, eu não deletei o Tinder ontem?”


Moral da história: antes do date, peça foto da privada da pessoa.

sábado, 24 de maio de 2025

Entre a Fé e o amor

 



Entre a Fé e o Amor – Parte 1


O sol da manhã atravessava os vitrais da pequena igreja, projetando cores no chão de pedra. Fátima ajoelhava-se, como fazia todos os dias, em frente ao altar de Nossa Senhora. Seus lábios murmuravam preces, mas seu coração estava inquieto. Desde que conhecera Padre Victor, nada mais era como antes.


Ele surgiu na paróquia há cerca de três meses, vindo de outra cidade. Jovem, de sorriso sereno e olhar acolhedor, rapidamente conquistou a comunidade. Mas foi no coração de Fátima que ele acendeu algo mais forte.


— “Bom dia, Fátima.” — a voz dele soou atrás dela, suave, porém firme.

Ela se levantou apressadamente, ajeitando o véu branco que cobria seus cabelos.

— “Bom dia, padre.” — respondeu, tentando disfarçar o rubor que tomava seu rosto.


Os dois trocaram olhares por um instante que pareceu eterno. Victor desviou, pigarreou, e prosseguiu:

— “Preciso de ajuda na organização da catequese. Você poderia me auxiliar?”

— “Claro, padre. Será um prazer.” — sorriu, tentando soar natural.


Os dias seguintes foram de trabalho conjunto. Arrumavam livros, preparavam o salão, organizavam os encontros. A cada conversa, Fátima descobria mais sobre aquele homem que, apesar de carregar a batina, transbordava humanidade.


Certa tarde, enquanto colavam cartazes na parede, seus dedos se tocaram. Um choque percorreu ambos, que se entreolharam, surpresos e assustados. Nenhum deles falou sobre aquilo, mas desde então, tudo mudou.



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Parte 2 – O Conflito


No silêncio do convento, Fátima chorava em sua cela. Ajoelhada, segurava um terço com tanta força que seus dedos tremiam.

— “Meu Deus… por que colocaste esse sentimento em meu coração? Eu só queria te servir… só queria te amar acima de tudo. Mas... por que sinto isso?” — suas palavras se perdiam no vazio do quarto.


Do outro lado, Padre Victor também lutava contra seus próprios pensamentos. Diante do crucifixo, apertava os olhos, buscando uma resposta que não vinha.

— “Senhor… eu sou teu servo. Fiz votos, entreguei minha vida… então por que meu coração dispara quando vejo Fátima? É pecado, Senhor? Ou é amor?”


Os dias seguintes foram de silêncio entre eles. Ambos tentaram se afastar, evitar olhares, não mais buscar motivos para estarem juntos. Mas o destino parecia querer o contrário.


Certa noite, após a missa, Fátima estava sozinha na sacristia, organizando os cálices, quando Victor entrou.

— “Fátima...” — sua voz saiu rouca.

Ela se virou, assustada, e, ao vê-lo tão perto, seus olhos se encheram de lágrimas.

— “Eu... eu não posso mais, padre. Isso está errado...”

Ele se aproximou, segurando suas mãos trêmulas.

— “Por favor... me chama de Victor. Só... Victor.”


O silêncio que se seguiu foi quebrado apenas pela respiração ofegante dos dois. Até que, tomado pela coragem ou pela fraqueza do momento, Victor deslizou a mão pelo rosto dela e sussurrou:

— “Me perdoa... mas eu não consigo mais esconder o que sinto.”


E, sem mais resistir, seus lábios se encontraram. Foi um beijo carregado de urgência, de medo, de desejo e de culpa. Quando se separaram, ambos tremiam.

— “Isso é um pecado... ou é amor, Victor?” — Fátima perguntou, com a voz embargada.

Ele respirou fundo, olhando nos olhos dela.

— “Talvez... seja os dois.”



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Parte 3 – A Escolha


Naquela noite, os dois sabiam que não podiam mais ignorar o que sentiam. Sentaram-se no banco da capela, de mãos dadas, e falaram sobre tudo. Sobre a vida, os sonhos, a fé e o amor.


Victor revelou que já carregava dúvidas em seu coração. Que, mesmo antes de conhecer Fátima, às vezes se perguntava se a vida celibatária realmente era o caminho que Deus queria para ele. E agora, com ela, tudo fazia menos sentido.


— “Fátima... eu te amo. E não sei se consigo seguir fingindo que não sinto isso.” — disse, com lágrimas nos olhos.

— “E eu... eu te amo, Victor. Mas tenho tanto medo. Medo de decepcionar minha família, de desonrar a igreja, de não estar fazendo a vontade de Deus.”


Ele segurou seu rosto, olhando-a com ternura.

— “Talvez... amar seja também uma forma de servir a Deus. De viver o amor que Ele nos ensinou.”


Na semana seguinte, os dois tomaram uma decisão. Procuraram o bispo da diocese. A conversa foi difícil, tensa, cheia de julgamentos, olhares duros e palavras pesadas. Mas também houve compreensão. Afinal, a Igreja é feita de homens — e homens são falhos, humanos, feitos de carne, alma e coração.


Victor deixou a batina. Fátima, o convento. E juntos, decidiram construir uma nova vida, baseada na fé, no amor e na esperança.


Quando se casaram, na mesma igreja onde se conheceram, as lágrimas não foram de tristeza, mas de emoção. Muitos fiéis estavam lá, aplaudindo, sorrindo. Porque, no fim, todos entenderam que o amor — o verdadeiro amor — também é sagrado.






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