segunda-feira, 19 de maio de 2025

Terapia de prazer

 



Capítulo 1 – A Proposta de Adele


Clarice nunca tinha usado o Tinder com tanta curiosidade. Após anos de relações frustradas com homens, ela decidiu se permitir uma nova experiência. Era bissexual, mas nunca havia ficado com uma mulher — só fantasiado. Até que apareceu Adele.


Adele tinha um sorriso malicioso, cabelos curtos e negros como noite sem lua. Tinha o tipo de olhar que despia a alma e fazia o corpo arrepiar só pela troca de mensagens. Desde o primeiro “Oi”, Clarice sentiu algo diferente.


Conversavam todos os dias. Clarice era autista, e desde o início deixou claro quem era: sincera, direta, sensível. Adele gostava disso. Não precisava adivinhar intenções ou lidar com joguinhos. Havia uma honestidade crua ali, que a excitava.


— Sabe… tem algo que preciso te contar — Clarice disse em um áudio, um pouco envergonhada. — Faz um mês que minha menstruação não desce… E não, eu não tô grávida. Eu só… tô travada, sei lá.


Adele ouviu e sorriu. A resposta veio imediata:


— Se quiser, eu posso resolver isso com você. Sexo às vezes ajuda o corpo a liberar o que tá preso… E eu sou boa em fazer as coisas fluírem.


Clarice ficou muda. O coração batia rápido. Adele estava falando sério?


— Tá me oferecendo sexo terapêutico? — brincou, rindo nervosa.


— Terapêutico, quente, intenso. Você escolhe o nome. Mas se quiser, eu passo aí amanhã.


Clarice respirou fundo. Aquela mulher sabia o que queria e não tinha medo de dizer. Isso a deixava ainda mais excitada.


— Só tem uma coisa… — Clarice escreveu depois de um tempo. — Eu gosto de fazer de quatro.


Adele respondeu com um emoji de diabo e a frase:

— Então é assim que eu vou te fazer sangrar de prazer.





Capítulo 2 – Sangrar de Prazer

Clarice esperou com o coração acelerado. A casa estava limpa, mas seu corpo, em caos. Vestiu uma camisola fina, quase transparente, por baixo de um roupão. Queria estar confortável… e provocante. A campainha tocou às 21 horas.

Adele entrou com um olhar que incendiava. Não precisou dizer nada. As mãos deslizaram pelo rosto de Clarice, e o beijo veio cheio de fome. Línguas dançando, corpos colando, e um arrepio que corria da nuca até entre as pernas.

— Você é ainda mais linda ao vivo — sussurrou Adele, puxando o cinto do roupão com um só movimento.

Clarice mordeu o lábio. Sua camisola caiu pelos ombros como seda fugindo da pele. Adele a deitou no sofá e percorreu o corpo com a boca, lenta, saboreando cada suspiro.

— Relaxa… eu vou cuidar de tudo — disse, puxando Clarice pela cintura até deixá-la de quatro sobre o estofado.

Clarice gemeu baixo. Era sua posição favorita. Vulnerável e poderosa ao mesmo tempo. Adele a segurou com firmeza, as unhas cravando de leve na pele. Beijos, lambidas, mordidas suaves… até a língua quente deslizar onde ela mais precisava.

— Ai… Adele… — Clarice arqueou as costas.

Adele explorava cada centímetro, saboreando o mel que escorria. E quando os dedos vieram, firmes e molhados, Clarice gritou. Um grito rouco, contido, de quem segurava a vida ali entre as coxas.

Movimentos ritmados, pressão no ponto certo. Adele era mesmo experiente. E quando os gemidos se tornaram tremores, o corpo de Clarice se abriu como flor no calor.

— Isso… deixa vir… deixa fluir — Adele sussurrava enquanto sentia Clarice se desfazendo nos próprios espasmos.

E então, minutos depois, ela sentiu. O calor, o líquido… o sangue. Sua menstruação havia descido.

Clarice riu, aliviada, com lágrimas nos olhos e pernas trêmulas.

— Você… realmente me fez sangrar de prazer.

Adele lambeu os dedos com provocação.

— Isso foi só o começo, Clarice.



Capítulo 3 – A Primeira Vez de Verdade


Clarice mal conseguia respirar direito depois do primeiro orgasmo. Seu corpo ainda tremia, e o gosto de Adele em sua pele parecia ter despertado todos os sentidos. Mas Adele não tinha terminado.


— Eu disse que ia te fazer sentir — ela sussurrou, pegando a mochila que havia trazido.


De dentro, tirou um packer com cinta. O volume firme e provocante fez os olhos de Clarice brilharem. Aquilo era novo. Aquilo era ousado. E ela queria.


— Já ficou assim antes? — Adele perguntou, com um sorriso perigoso nos lábios.


Clarice balançou a cabeça, ainda de quatro, com o bumbum empinado, convidativo.


— Nunca… mas quero. Quero com você.


Adele encaixou o brinquedo e se aproximou por trás. Segurou os quadris de Clarice, deslizou a ponta do packer entre os lábios molhados e quentes da outra, provocando-a com leves toques, esfregando devagar, deixando o desejo subir até quase doer.


— Tá muito molhadinha… pronta pra mim — murmurou.


E então, com calma, começou a penetrá-la. Centímetro por centímetro, sentindo Clarice se abrir, gemer, arrepiar. E não havia dor. Só calor. Só prazer.


— Ai, Adele… que delícia… — Clarice gemeu, a voz rouca, quebrada de tesão. — Tá muito gostoso… nunca ninguém me fez gostar assim… nunca…


Adele acelerou os movimentos, segurando firme, batendo com força. O som dos corpos se chocando enchia a sala. Clarice se entregava completamente, gemendo alto, dizendo coisas que nunca pensou que diria.


— Com homem sempre doía… nunca gozava assim… com você… com você é diferente… — dizia entre gemidos, a testa colada no sofá, os dedos cravados no estofado.


Adele se inclinou e começou a chupar a nuca de Clarice, as costas, enquanto a penetrava com força e precisão. Depois parou por um instante e desceu com a boca entre as pernas dela.


Clarice arqueou as costas com um grito.


— Meu Deus… você tá me chupando…


— Sim… e vou te fazer gozar na minha língua — Adele disse, com a voz baixa e cheia de luxúria.


Clarice nunca tinha sido chupada antes. Nunca. Mas ali, com Adele, tudo fazia sentido. Os lábios, a língua, o jeito como ela sugava o clitóris com fome e cuidado ao mesmo tempo.


E então veio o primeiro orgasmo… depois o segundo… e o terceiro. Clarice gozava em ondas, os gemidos ficando mais altos, mais desesperados, até o corpo não aguentar mais.


Ela caiu de lado, suada, com o coração disparado.


— Eu nunca… nunca… senti isso — sussurrou, ofegante. — Com você… é como se eu estivesse viva de verdade.


Adele deitou ao lado dela, beijando seus ombros com carinho.


— Isso é só o começo, Clarice. Eu quero te mostrar o que é prazer de verdade… todas as noites que você quiser.



Capítulo 4 – Escorrendo Desejo


Clarice ainda estava deitada, suada, os músculos relaxados, mas os olhos acesos. Adele a puxou pela mão, com aquele sorriso de quem ainda tinha planos.


— Vem, vamos tomar um banho. Eu quero sentir você escorrendo debaixo d’água.


Clarice sorriu, envergonhada e excitada. Seguiu Adele até o banheiro. A água quente já caía do chuveiro quando as duas entraram, nuas, os corpos colados, os olhos cheios de fome.


O vapor tomava o ambiente, tornando tudo mais íntimo, mais envolvente. Adele encostou Clarice na parede azulejada, deixando a água escorrer por seus seios, barriga, coxas. A imagem era de tirar o fôlego.


— Você é linda… toda minha — Adele murmurou, antes de beijar Clarice com força.


As mãos escorregavam com o sabonete, mas logo deixaram de lado qualquer cuidado e passaram a explorar. Adele ajoelhou-se sob o chuveiro, sentindo a água bater nas costas enquanto sua boca descia outra vez entre as pernas de Clarice.


— De novo? — Clarice perguntou, ofegante, com um meio sorriso.


— Eu não me canso de te provar — respondeu Adele, antes de chupar o clitóris com firmeza.


Clarice gemeu alto, o som ecoando no banheiro. Segurou nos cabelos molhados de Adele, puxando, guiando, implorando. As pernas tremiam, mas ela não queria parar. Nunca.


— Assim… isso… Adele… tá tão gostoso… ai, meu Deus…


A água quente misturava-se aos líquidos do corpo, aos gemidos, aos suspiros. Adele colocou dois dedos dentro dela, mantendo a pressão perfeita enquanto chupava com vontade. Clarice veio mais uma vez, o corpo todo tremendo.


Mas Adele não parou. Levantou, a encostou de costas na parede, levantou uma das pernas de Clarice, apoiando-a no seu quadril, e a penetrou ali mesmo com o packer, firme e fundo.


Clarice gritou. O som abafado pela água e pelo beijo que Adele deu em sua boca.


— Ai, Adele… tá me fodendo debaixo do chuveiro… — ela sussurrou, enlouquecida.


Adele a segurava forte, entrando com tudo, sem parar, enquanto a água quente lavava os corpos suados. O barulho da pele molhada se chocando era hipnotizante.


Clarice gozou de novo, apertando o ombro de Adele, gemendo alto, com o rosto colado no pescoço dela.


Quando tudo terminou, as duas ficaram abraçadas sob o chuveiro, os corpos exaustos, mas os corações acesos.


— Eu achava que sabia o que era prazer… — Clarice sussurrou. — Mas você me mostrou que era só o começo.


Adele a beijou nos lábios, carinhosamente.


— E eu ainda tenho muito mais pra te ensinar, minha doce Clarice.



Capítulo 5 – Massagem Quente


O sol entrou pelas frestas da cortina e encontrou os corpos de Clarice e Adele ainda largados na cama. A noite anterior tinha sido intensa. Longa. Suada. Barulhenta. E agora, ambas sentiam como se tivessem feito uma maratona.


Clarice se espreguiçou e gemeu baixinho, com as mãos na lombar.


— Ai… parece que fui atropelada por um caminhão de prazer — brincou, rindo.


Adele sorriu, com a xícara de café na mão.


— Isso é o que acontece quando você goza umas seis vezes na mesma noite. E no banho.


— Tô toda dolorida, sério. Parece que malhei pesado.


Adele se aproximou com um brilho no olhar.


— Deita ali na cama, de bruços… vou te fazer uma massagem. Relaxa que eu sei cuidar direitinho.


Clarice obedeceu, usando apenas um shortinho leve e uma blusa solta. Se deitou de bruços, o bumbum empinado chamando atenção. Adele pegou um frasco de óleo e subiu na cama com ela, sentando-se ao lado, despejando o líquido quente nas costas de Clarice.


As mãos de Adele começaram a deslizar devagar pelos ombros, espalhando o óleo com movimentos firmes, sensuais. Subia e descia pelas escápulas, pressionava com os polegares, relaxando cada músculo tenso.


— Nossa… — Clarice murmurou, arrepiada. — Ninguém nunca fez isso comigo…


Adele se inclinou, sussurrando no ouvido dela:


— Eu gosto de cuidar… e você merece prazer em cada detalhe.


As mãos desceram pela cintura, pela lombar… até que, com naturalidade, Adele escorregou os dedos por dentro do short de Clarice. A pele estava quente, a respiração acelerada. E quando ela tocou entre as pernas, sentiu a umidade escorrer.


— Já tão molhadinha de novo? — provocou, com um sorriso malicioso.


Clarice apenas gemeu, mordendo o travesseiro.


— É você… só de sentir suas mãos, eu fico assim…


Adele continuou com os dedos, deslizando devagar, brincando com o clitóris de Clarice enquanto ela se contorcia na cama. Os quadris rebolavam, pedindo mais.


Sem dizer uma palavra, Adele levantou, vestiu o packer, puxou o short de Clarice com a calcinha de uma vez, deixando-a nua, de bruços. Subiu em cima dela, encaixando-se por trás, e penetrou fundo.


Clarice gemeu alto, o rosto enterrado no lençol.


— Aahhh… Adele… tá tão bom… — gemeu, arqueando as costas.


Adele segurava firme na cintura dela, metendo devagar no começo, depois acelerando, enquanto a cama rangia e os gemidos se intensificavam. Os corpos se encontravam com força e desejo.


— Assim… isso… mete mais… — Clarice pedia, desesperada por mais prazer.


Adele obedecia, metendo fundo, cada vez mais forte, cada vez mais profunda, sentindo o corpo de Clarice se render, se abrir, se entregar por completo.


— Gosta assim, safadinha? — Adele sussurrava, mordendo de leve a nuca dela.


— Gosto… gosto muito… com você é diferente… é gostoso de verdade!


Adele continuou até sentir Clarice explodir mais uma vez em gemidos, tremores e respiração ofegante. Depois de alguns minutos, ambas estavam deitadas lado a lado, suadas, exaustas e completamente saciadas… por enquanto.


— A gente ia tomar café, né? — Clarice riu, com a voz rouca.


— Isso aqui foi melhor que qualquer pão com ovo — respondeu Adele, beijando a testa dela.




Capítulo 6 – Um Dia Todo Nosso


Depois da manhã de prazer, as duas finalmente conseguiram tomar café — ou algo parecido com isso. Entre mordidas em frutas e beijos demorados, riam das dores gostosas nos músculos e trocavam olhares cúmplices.


— A gente se conheceu no Tinder… olha onde viemos parar — Clarice disse, rindo.


— E ainda vai muito mais longe — respondeu Adele, com firmeza.


O dia seguiu com pequenas carícias, conversas sobre passado, inseguranças, confissões suaves. Clarice contou mais sobre os relacionamentos difíceis com homens, como sempre se sentiu usada e mal compreendida.


— Eu sempre tive medo de não ser suficiente… ou de ser demais. Você me faz sentir no meu tamanho certo — ela disse, com os olhos cheios.


Adele pegou a mão dela e beijou com carinho.


— Você é linda. Intensa. E eu quero descobrir cada pedaço de você, por dentro e por fora.


Mais tarde, decidiram tomar banho juntas de novo — desta vez, com calma, ensaboando uma à outra, trocando risadas, toques leves e beijos longos. Não houve penetração, mas o clima foi carregado de tensão sensual.


A conexão era mais do que física.


Era entrega.


Era descoberta.


E ambas sabiam que não era só mais uma noite.



---


Capítulo 7 – Fim (ou Começo)


O domingo caiu, e as luzes da cidade começaram a acender. Clarice estava sentada na cama, apenas com uma camiseta de Adele, observando a janela com um sorriso bobo no rosto.


Adele veio por trás, envolveu-a com os braços e encostou o rosto em seu ombro.


— O que foi?


— Nada… só pensando como minha vida mudou em poucos dias.


Adele a virou de frente e a beijou devagar.


— Ainda vai mudar muito mais.


— Isso aqui é real pra você? — Clarice perguntou, um pouco tímida.


— É mais real do que qualquer coisa que tive antes. Você me acende, Clarice. Me desafia. Me inspira. E me deixa louca de tesão — disse, rindo com um beijo quente.


Clarice mordeu o lábio.


— E agora?


Adele sorriu, deitou-a na cama e tirou a própria blusa.


— Agora… é só o começo.


Elas se amaram mais uma vez naquela noite. Com paixão. Com fogo. Com carinho. E quando terminaram, adormeceram entrelaçadas, os corpos colados, os corações acelerados.


E no silêncio escuro do quarto, ficou claro para ambas:


O que começou como um encontro casual, se tornou algo inesquecível.


FIM






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